Consumidor não confia em celular para pagar contas, aponta Procon-SP

Consumidor não confia em celular para pagar contas, aponta Procon-SP

Órgão fez pesquisa com consumidores sobre sistemas de ‘mobile payment’.
Mais de 70% não considera seguro usar celular como ‘carteira virtual’.

O celular não é considerado um meio de pagamento seguro pelo consumidor, alerta a Fundação Procon-SP. A pesquisa, que envolveu 245 questionários presenciais e 3.840 via internet respondidos em abril deste ano, mostra que o uso do celular como "carteira virtual" não é seguro para 75,56% das pessoas entrevistadas pessoalmente e para 66,22% dos que responderam on-line.

A sondagem, segundo o Procon-SP, procurou avaliar se a população brasileira está preparada para usar o dispositivo móvel como meio de pagamento.

O órgão de defesa do consumidor também levanta pontos críticos envolvendo segurança dos sistemas de "mobile payment" contra fraudes e o histórico de reclamações sobre serviços de telefonia móvel. "Não é de hoje que problemas relacionados à cobrança e ao atendimento encabeçam as estatísticas de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor e na própria agência reguladora", afirma o órgão em seu comunicado.

Os sistemas de pagamento móvel se apoiam basicamente em tecnologias de mensagens de texto (SMS) ou de aproximação – especialmente a Near Field Communication (NFC) – que permitem a utilização do aparelho no lugar dos cartões de crédito ou débito para realizar micropagamentos em serviços como vendas porta a porta, táxi, delivery, recarga de celulares pré-pagos, compra de passagens aéreas e compras on-line.

A análise do Procon-SP alerta para a sensibilidade dos dispositivos móveis a fraudes, o que deve abrir espaço para ofertas de planos mais caros, com pacotes de segurança, pelas operadoras de telefonia celular. Neste sentido, o órgão destaca a necessidade de conduzir o cliente a uma escolha correta, vem como para a supervisão e a responsabilidade dos agentes desta cadeia em caso de falhas ou fraudes.

Despreparo
Na pesquisa, a Fundação Procon-SP também identifica o despreparo de muitos consumidores na escolha de operadoras e planos de telefonia celular.

No grupo entrevistas pessoalmente, 73,47% possuem telefone celular. A escolha da telefonia móvel para 54,44% destas pessoas envolve facilidade e rapidez nas comunicações.

Modelo pré-pago é adotado por 89,44% dos entrevistados

A maioria das pessoas entrevistadas (64,44%) não comparou os planos oferecidos entre as operadoras antes de adquirir o celular. Os motivos alegados por 46,55% dos que não fizeram comparações foi o fato de só haver interesse por uma determinada operadora, enquanto 31,03% responderam que simplesmente não houve interesse em fazer a comparação. Para 22,41% dos usuários pesquisados não foi possível comparar as ofertas por falta de conhecimento, informações insuficientes por parte das operadoras ou diversidade de apresentação dos planos.

Questionados sobre o principal critério de escolha do aparelho celular, 45,56% apontaram como fator mais importante o plano oferecido pela operadora escolhida (principalmente promoções de chamadas efetuadas para a mesma operadora) e 41,67% apontaram os recursos do aparelho.

O modelo pré-pago é adotado por 89,44% dos entrevistados, seguindo as estatísticas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em maio deste ano, 82,4% das linhas móveis habilitadas no país (151,37 milhões) eram pré-pagas, segundo a agência. O principal motivo alegado para a adoção destes planos, com 44,10% das respostas, foi maior facilidade para controlar os gastos, segundo levantou o Procon-SP.

FONTE/AUTOR: Valor OnLine

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