Bom Dia Brasil faz reportagem sobre a Gang do Boleto, que consegue mudar o código de pagamento de um boleto bancário

Bom Dia Brasil faz reportagem sobre a Gang do Boleto, que consegue mudar o código de pagamento de um boleto bancário

Golpes pela internet dão prejuízo de US$ 5 bilhões por ano no mundo

Entre os brasileiros, 14% afirmam já ter caído em uma fraude dessas. Saiba como se proteger dos novos golpes na internet.

 

Uma pesquisa feita por uma das maiores empresas de tecnologia do mundo mostra que os golpes pela internet provocam um prejuízo de US$ 5 bilhões por ano no mundo. No Brasil, 14% dos brasileiros afirmam que já caíram em uma fraude dessas. O modo de operação já é conhecido: um e-mail suspeito que chega com o anexo, a pessoa abre e acaba sendo vítima de um golpe. Mas, agora tem novas variações dessa fraude.

Os golpistas usam disfarces, enviam e-mails como se fossem da direção do Enem, do plano de saúde, da Receita Federal e agora, com as eleições se aproximando, da Justiça Eleitoral.

E agora tem um golpe ainda mais sofisticado: os criminosos conseguem mudar o código de pagamento de um boleto bancário e o dinheiro do cliente vai parar na conta da quadrilha.

Raony Gonzaga achou que estava pagando o fornecedor. Gerou o boleto pela internet e fez o envio de R$ 2.665. Imprimiu o comprovante e achou que estava tudo certo. Só descobriu que o dinheiro tinha ido parar em outra conta quando soube que a empresa dele estava com o nome sujo.

“O nome da empresa ficou no Serasa durante cinco dias. Sem eu poder comprar material algum, atrasando todas minhas obras”, diz Raony Gonzaga, empresário.

Ele teve que pagar a conta de novo e continua brigando com os bancos. O Raony foi vítima da Gangue do Boleto.

O especialista em segurança da informação Almir Meira Alves explica que o novo golpe não rouba senhas. O vírus age na hora que você vai pagar uma conta. “Na hora que você digita o código do boleto, ele substitui por um outro número de boleto, que na verdade gera um pagamento para uma conta de um laranja, que é uma pessoa dessa Gangue do Boleto”, explica Almir Meira Alves, professor de Engenharia da Computação/FIAP.

Para escapar, precisa digitar o número certo do boleto e conferir de novo. “E isso só vai ser mostrado, ou seja, essa informação da troca só vai ser mostrada no resumo, que acontece depois que você digita antes de você confirmar o pagamento”, afirma Almir Meira Alves.

Os crimes eletrônicos podem ter ficado mais sofisticados, mas o vírus que instala o programa ainda invade o computador à moda antiga: pelo e-mail. É aquela velha história de clicar em links desconhecidos que chegam por mensagens na nossa caixa postal.

De algumas dá para desconfiar de cara. Em vez de cartão clonado, uma mensagem diz ‘cartão cronado’. Mas, tem as oportunistas. Uma chega para quem vai prestar o Enem dizendo que a inscrição está errada. Otávio tinha acabado de mandar a declaração do Imposto de Renda quando recebeu uma falsa mensagem da Receita Federal.

“Quase cliquei porque é um assunto que é do meu interesse. Podia ter alguma coisa errada com que eu preenchi ou não, e eu fiquei bem perto de dar o clique”, lembra Otávio Ribeiro, gerente de planejamento estratégico

Pelo sim, pelo não, o melhor é desconfiar sempre. “Eu não tenho costume de abrir quando eu não conheço, então nunca tive nenhum problema de ter vírus por causa disso”, diz Antonio Carlos Zorgetti Jr., analista de inteligência de mercado.

A Febraban, Federação dos Bancos, garante que o boleto bancário é um meio seguro de pagamento, principalmente as cobranças registradas, em que o banco é responsável pela emissão dos boletos.

A Febraban ainda diz que as fraudes normalmente ocorrem nas cobranças sem registro, quando o boleto é gerado e enviado diretamente para o cliente. A Febraban ressaltou que os bancos investem R$ 2 bilhões por ano em segurança da informação.

E não custa reforçar: nem a Receita e nem a Justiça Eleitoral mandam e-mail.

Veja a reportagem completa apresentada no Bom Dia Brasil, clicando aqui.

FONTE/AUTOR: Bom Dia Brasil

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