Código de barras do documento é corrompido e o dinheiro vai para conta de laranja. Em muitos casos, vírus está no provedor de internet.
Muita gente escolhe pagar as contas com boletos bancários para escapar de golpes aplicados por bandidos pela internet. Mas, o Bom dia Brasil mostra como os bandidos mudam os dados do documento para desviar o dinheiro. E os vírus podem nem estar no computador.
É uma fraude elaborada. O site do banco é oficial. A pessoa entra no link para tirar a segunda via de um boleto. No meio do processo, o código de barras do documento é corrompido e o dinheiro vai para a conta de um laranja.
A delegacia de crimes cibernéticos de Belo Horizonte registrou, no mês passado, mais de uma denúncia por dia só de crimes relacionados à falsificação de boletos. E o que tem chamado a atenção da polícia é que, em muitos casos, o vírus não está no computador da vítima, nem no site do banco, está no provedor de internet utilizado.
Fernanda perdeu mais de R$ 1, 8 mil. Em um vídeo, ela mostra como o golpe é aplicado. A empresária entra na página do banco pela internet. Ao gerar um boleto, os quatro primeiros números da linha do código de barras mudam. Só que eles deveriam ser os mesmos que aparecem ao lado.
Em seguida, ela conecta o computador pela rede do celular. Repete o processo e, aí sim, vem o boleto verdadeiro. “Eu tive que pagar de novo meu fornecedor e agora estou lutando para ser ressarcida”, diz Fernanda Moreira, empresária.
A polícia alerta: é preciso conferir os quatro primeiros números do código de barras. E nunca usar sites de buscas para chegar à página do banco, já que, assim, é mais fácil ser direcionado a um endereço falso. Por enquanto, os clientes têm ficado no prejuízo.
“Os pagamentos são feitos, são creditados em contas de pessoas que nós já identificamos e estamos tentando inquirir essas pessoas. Algumas delas, em outros estados. Mas ainda não temos informações de quem disseminou a infecção”, afirma César Matoso delegado.
A Federação Brasileira de Bancos disse que o setor bancário investe mais de R$ 20 bilhões por ano para tentar evitar as fraudes.
fonte: Bom Dia Brasil
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