Cientistas franceses criaram o primeiro polímero sintético que pode armazenar informações em forma de bits, em uma versão simplificada do DNA, outra molécula que consegue guardar informações. A ideia é usar esse novo polímero no recém-criado campo dos códigos de barras moleculares.
Esse tipo de código de barra é uma espécie de etiqueta invisível que é aplicada em qualquer coisa que possa ser falsificada, como remédios, roupas e acessórios, obras de arte, produtos eletrônicos etc. As moléculas possuem uma sequência secreta que pode confirmar sua autenticidade.
Até agora, os cientistas usavam apenas o DNA como molécula de armazenagem, já que é facilmente disponível. Mas o novo polímero sintético pode substituir o ácido desoxirribonucleico. Composto de oxigênio, nitrogênio, carbono e hidrogênio, ele é mais simples do que o DNA, sendo mais barato e fácil de usar.
Assim como o DNA, o polímero sintético é uma cadeia de moléculas que se repetem. O DNA é feito de quatro bases (G, A, T e C), enquanto o polímero é feito de dois mônomeros, uma pequena molécula que representa o número 1 e outra o 0, os dois bits. O polímero ainda tem um terceiro polímero entre os bits, que auxilia na leitura e codificação da sequência.
A sequência é escrita ao fazer a cadeia de polímeros crescer à mão e decodificada usando um espectr6ometro, um aparelho de laboratório usado para determinar a composição química de materiais. O polímero pode durar por meses e até anos, dependendo das condições de armazenagem. Ele só começa a se degradar em temperaturas acima de 60 graus celsius.
fonte: Nature
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