De acordo com Stephen DeWitt, dispositivos da fabricante poderão ser interconectados pelo sistema, que armazenará os conteúdos na nuvem
Como forma de aumentar sua penetração, em especial no mercado corporativo, a HP trabalha para integrar todos os seus dispositivos ao sistema webOS, permitindo que eles sejam interconectáveis.
A afirmação foi feita pelo vice-presidente sênior e diretor-geral do Personal Systems Group (PSG) para Américas da companhia, Stephen DeWitt, em encontro com jornalistas na manhã desta segunda-feira (28/03), durante o Americas Partners Conference da HP, em Las Vegas (Estados Unidos). "O mundo atual foi definido pelo chip, com, no topo, o sistema operacional Windows [da Microsoft]. Esse mundo está morto", garantiu o executivo, fazendo um adendo: "agora a tecnologia será baseada em silício. Estaremos focados em aplicações e experiências", explicou.
Recentemente, o CEO da companhia, Leo Apotheker, afirmou que a HP quer ser líder em nuvem. E a estratégia apresentada por DeWitt no encontro com jornalistas remetia exatamente a este propósito. A ideia, contudo, não é substituir o Windows, que continuará como sistema operacional oficial da marca: o ícone webOS, dentro da área de trabalho do computador, por exemplo, fará com que o usuário se conecte a uma fonte na nuvem, na qual tem acesso a tudo. Seria o fim, portanto, da necessidade de alta capacidade de armazenamento dos dispositivos.
"Dentro de pouco tempo, cada tela que teremos [produzida na HP] será sensível ao toque. Estamos levando esta tecnologia para tudo: computadores all-in-one e o próprio Touch Pad. É muito melhor em termos de usabilidade", adicionou. De acordo com o executivo, neste novo cenário, o que valerá são as aplicações que a pessoa tem, e não os dispositivos. Com a integração do webOS, tudo o que a pessoa produzir e tiver em sua máquina estará guardado na nuvem, podendo ser acessada de qualquer dispositivo que tenha a tecnologia – seja ele um smartphone, um tablet ou um computador. "Todo o conteúdo será entregue a qualquer momento. A oportunidade é enorme", disse.
Desta forma, o usuário poderá iniciar uma reunião a distância pelo smartphone, passá-la para o tablet para consultar arquivos e mudar o dispositivo para um computador, por exemplo. Tudo isto apenas aproximando os aparelhos. "Vamos habilitar acesso a uma infraestrutura de cloud – pública, privada ou híbrida – conectando todos os dispositivos pelo webOS. Assim, poderemos juntar todo esse material e levar a nossos desenvolvedores, para que eles criem aplicações que rodem em qualquer dispositivo", afirmou.
Na opinião do executivo, esta integração será o grande trunfo da companha diante dos competidores. "Apple e Google não estão pensando nisso", cutucou.
FONTE/AUTOR: Adriele Marchesini para IT Web
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