Chrome, Firefox, Safari ou IE? Como anda a disputa dos navegadores!

Chrome, Firefox, Safari ou IE? Como anda a disputa dos navegadores!

Qualquer décimo a mais é comemorado como a chegada à lua. Qualquer ponto a menos é justificado como estratégia.

“O Internet Explorer ganhou uma fatia mais farta na web norte-americana no mês passado; seus concorrentes diretos Chrome e Firefox perderam terreno.” Essa foi a declaração da Microsoft, embasada em dados fornecidos pela empresa de mensuração no cyberespaço, a Net Applications.

“Trata-se de um mercado incrivelmente disputado, o que é muito saudável”, afirma o diretor de estratégias de plataformas da Microsoft, Ryan Gavin. De qualquer forma, o executivo reforça a perspectiva de perda de terreno por parte do Chrome nos EUA.

De acordo com os dados colhidos (não acessíveis ao público em geral) pela Net Applications, somadas todas versões disponíveis do IE, houve um crescimento de 0.76% na participação do browser na web norte-americana, o que resulta em um share de 63,27% do total registrado em maio. Na contramão, os navegadores Firefox (Mozilla) e Chrome (Google) embolsaram quedas de 0,24 e 0,45 pontos, cada, respectivamente. Em participação geral, o Firefox ficou com 20,38% e o Chrome com 4,35% de utilização no mesmo período (IPs norte-americanos).

A Net Applications endossa as declarações de Gavin.

Esse ganho na web norte-americana, porém, não salva os números finais no plano global, em que o IE registrou queda de 0,26 pontos percentuais e aterrissou no patamar mais baixo já registrado: 59,7%. O navegador Chrome e o browser escandinavo Opera, aceleraram na corrida às custas dos donos do pedaço IE e do Firefox.

Ao final de maio o Chrome respondia por 7,05% dos browsers que chegaram aos 40 mil sites monitorados pela californiana Net Applications. O Opera registrou um ganho de 0,13 pontos – de longe sua melhor performance nos últimos oito meses – galgando o melhor lugar até então; na casa dos quase 2,5%.

O avanço de 0,3 pontos percentuais do Chrome representa o menor ganho desde agosto do ano passado e destoa sensivelmente da média de crescimento trimestrais e anuais estabilizada em meio ponto.

O Firefox, por sua vez, sentiu novamente o efeito da gravidade e caiu mais 0,24%. Em números globais, a participação do browser Mozilla registrou 24,35% e coroou o mês de maio com a quarta queda nos últimos seis meses. Somente março e abril foram positivos para o sucessor do Netscape e colocaram um pouco de vento nas velas do navegador, frouxas desde novembro de 2009. No final das contas, o Firefox encontra-se hoje com a mesma fatia do bolo registrada em janeiro de 2010.

Os 25% de participação, antes considerados intocáveis pelo Firefox, representam hoje uma meta a atingir. O executivo da Net Applications, Vince Vizzaccaro, disse em abril deste ano que o Firefox estava mantendo firmemente sua posição; ocorre que os ganhos realizados até aquela altura estão, agora, sendo devorados pelo Chrome.

A Microsoft questiona essa voracidade por parte do software Google.

“A versão 8 do IE ainda é a preferida dos internautas”, defende Gavin. Segundo o executivo, O IE8 cresceu 2,5 vezes mais rápido que seus competidores. Para chegar a essa conclusão, Gavin comparou o crescimento de 0,81% do software da Microsoft aos 0,32 pontos de expansão no uso do Chrome.

De fato. O IE8 encerrou o mês de maio com mais de um terço, 35,38% para ser preciso, de share no acesso à web nos EUA. Em segundo lugar, com 16,75 pontos, vem a versão 7 do navegador padrão do Windows. A medalha de bronze ficou com o Firefox e seus 13%. A melhor colocação alcançada pelo browser do Google foi a oitava posição dividida entre as versões 4.1 e 5.0 (recém batizado de “estável”) com 3,52 e 0,76%, respectivamente.

Vizzaccaro anunciou em um email de ontem (1/6) que “A Microsoft está muito bem nos EUA.”

“O crescimento do IE8 é certamente devido à expansão registrada pelo sistema Windows7”, responde o executivo quando indagado sobre as causas do avanço dos browsers da plataforma IE nos EUA. Gavin reforça a liderança do navegador, ao dizer que jamais houve tamanha liberdade na opção de browsers, e que, inclusive na Europa, onde aos usuários foi concedida uma liminar para substituição do navegador padrão do sistema MS, o IE8 vai muitíssimo bem, obrigado.

“Crescemos (IE8) meio ponto percentual no mês passado”, comemora.

Outra missão crítica de Gavin, na Microsoft, é a de varrer o vovô IE6 do mapa. O executivo afirma que esta tarefa anda a todo vapor no velho continente. Novamente Gavin subsidia esse sucesso e atribui ao Windows7 (o primeiro a vir com a instalação do IE8 por default), no mercado desde outubro de 2009.

A cruzada da MS contra a versão 6 do Internet Explorer traz resultados mais palpáveis nos EUA, onde o navegador de quase nove anos atrás participou com 6,74% dos browsers registrados pela Net Applictaions. Em números globais o browser de museu manteve uma média 17,13 pontos.

Os dois nichos responsáveis pelo suprimento de oxigênio do IE6 são empresas reféns de aplicativos web essenciais e usuários de mercados emergentes, países pobres, que, afetados pela crise, atrasaram a atualização dos recursos de TI e, consequentemente, postergam a atualização para o Windows7.

Gavin diz estar trabalhando muito, mas muito mesmo, na questão da erradicação do IE6. “Nesse processo estamos envolvendo os parceiros e desenvolvedores”. Na AL foi iniciada a campanha “Adios IE6”.

Uma campanha similar está em ação na Austrália, onde se compara o IE6 a leite azedo. “Você beberia leite de nove anos atrás? Então por que usa um browser dessa idade?”, questiona a campanha enquanto exibe uma embalagem datada de agosto de 2001 (data de nascimento do navegador).

Em quinto lugar na selva cibernética encontramos o Safari da Apple, proprietário de 4,77 pontos em nível global e em regime de engorda (em maio ele ganhou meio décimo de ponto percentual). Nos EUA o navegador de Steve Jobs obteve 10,38% na última aferição.

FONTE/AUTOR: Computerworld

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