Quando a Google anunciou o Android L em junho deste ano durante a Google I/O, nós tivemos acesso a um belo preview do que a gigante das buscas preparava para aquela que viria a ser a maior atualização do seu sistema. De lá para a cá o grande foco foi padronizar os aplicativos de seu ecossistema que carecia de uma mudança radical há muito tempo. A esse projeto foi dado o nome de design Material e, com ele, os desenvolvedores podem seguir diretrizes para o Android que caminha para algo novo e belo.
Nova interface
A grande mudança foi iniciada pelo visual em cartões estreada pelo Google Now anos antes. Esse foi apenas o pontapé inicial para mostrar o que estaria por vir. Durante esse tempo a Google veio padronizando os seus serviços para que todos adotassem este visual, ficando o Android por último nessa grande mudança. O Lollipop também permite que os desenvolvedores criem aplicativos que usem múltiplos cartões na nova tela de recentes, como acontece com o Chrome onde cada instância representa uma aba em aberto.
Novas APIs e drivers
As mudanças, no entanto, não são apenas estéticas. Com o Lollipop, a Google introduziu novas API gráficas do Open GL, assim como APIs para a câmera que agora possibilita capturar fotos no formato RAW, resultando em melhor qualidade devido à menor taxa de compressão de imagens. Os drivers também foram atualizados e no Nexus 5 contamos com versões mais atuais da solução gráfica que resultam em um melhor desempenho em benchmarks e também em jogos.
Desempenho superior
O desempenho também foi aprimorado com todas as animações do sistema reformuladas. Tudo ficou mais fluido, belo e ágil. A sensação inicial que temos é que o Lollipop roda a uma taxa de quadros por segundo superior. De acordo com a Google, todo o sistema foi construído para manter as animações sempre fluidas a 60 FPS. Em nenhum momento vimos o sistema engasgar, travar ou se quer ficar lento no Nexus 5, e essa experiência deve se repetir em outros smartphones com sistema puro ou perto disso, como é o caso da linha Moto.
Na nova versão, a Google deixou a máquina virtual Dalvik de lado adotando apenas o ART, que garante um menor tempo de execução, gerando também uma boa economia de bateria. Isso garante que os aplicativos sejam abertos até 30% mais rápidos que no KitKat.
Atalhos e Notificações
O Android sempre foi elogiado por sua central de notificações. Antes presa apenas a barra de status, ela foi expandida para outros cantos do sistema. Ganhou suporte a pop-ups surgindo no topo da tela sempre que algo novo é recebido. A tela de bloqueio também foi reformulada, exibindo as notificações recebidas. De lá você pode ler, expandir e deletar tudo sem precisar entrar no sistema. Ao ter um smartwatch, você pode adicioná-lo como um dispositivo confiável, e enquanto ele estive em seu pulso, não será preciso ter que usar senhas para desbloquear o seu smartphone.
A empresa também adicionou novos atalhos que eram exigidos pelos usuários desde o Jelly Bean: um para usar o flash do smartphone como lanterna e outro que trava a rotação de tela quando você inclina seu dispositivo.
Novo Google Launcher
Google continua aprimorando o seu launcher, mantendo a integração com o Google Now. Você pode realizar pesquisas ao usar o comando “Ok, Google” ou acessar o Google Now ao deslizar para a página esquerda da tela inicial. A pesquisa também pode ser realizada na tela de apps recentes ou dentro de qualquer aplicativo que possua compatibilidade com o serviço. A gaveta de apps também foi reformulada apresentando um visual em cartões seguindo o padrão adotado em todo o sistema. Aqui, temos um novo fundo branco ao invés do translúcido da versão anterior. E a animação “pilha de cartas” foi abandonada em troca de uma animação sequencial.
Bateria e Gerenciador de consumo
No Android 5.0, a Google introduziu o Projeto Volta, que consiste em um resultado de uma série de testes feitos pela empresa para saber o que gasta mais bateria, como economizar mais e que ferramentas disponibilizar para que desenvolvedores otimizem o consumo. Entre as novidades está uma API que rejeita notificações não importantes quando a bateria está no fim, além de deixar atualizações apenas para quando o aparelho estiver carregado.
Agora também foi incluído um gerenciador de bateria que informa quanto tempo de carga ainda resta, assim também quanto tempo para sua bateria ser recarregada. E o modo de economia pode ser ativado manualmente ou mesmo automaticamente de acordo com o estado da bateria (5 ou 15% finais). Tanto a barra de status quanto a de navegação adotam a cor laranja, como pode ser visto acima.
Todas as mudanças no sistema e nos aplicativos da Google trouxeram uma grande atualização para o ecossistema Android. Os desenvolvedores começam a adotar o design Material em seus aplicativos, e quando tudo estiver pronto teremos um sistema belo, elegante e consistente. Toda a linha Nexus já recebeu a novidade e as fabricantes já começam a liberar as suas versões como o caso da Motorola e LG. Em breve as demais deverão fazer o mesmo e, com isso, a fragmentação do Android poderá ter uma chance de finalmente ser combatida.
FONTE/AUTOR: Tudocelular
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21/02/2017
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