Ontem, 17 de setembro de 2024, o mundo ficou chocado com uma série de explosões que abalou o Líbano, quando milhares de pagers distribuídos para membros do Hezbollah detonaram simultaneamente. As explosões resultaram em pelo menos nove mortes e mais de 2.700 feridos. Acredita-se que os dispositivos tenham sido armados pela inteligência israelense (Mossad), com pequenos explosivos inseridos nos pagers vendidos ao Hezbollah. O ataque foi considerado uma operação sofisticada, elevando as tensões entre Israel e o Hezbollah, enquanto o grupo libanês culpa diretamente Israel pelos acontecimentos.
Entenda a tecnologia por trás desse ataque
O ataque sincronizado envolvendo pagers pode ter sido executado de duas maneiras principais:
- Explosivos controlados remotamente: Os pagers distribuídos poderiam conter pequenos dispositivos explosivos acionados por sinais de rádio ou outra forma de comunicação remota. Com o avanço tecnológico, é possível usar frequência de rádio ou comunicação celular para ativar vários dispositivos simultaneamente.
- Temporizadores programados: Outra possibilidade seria o uso de temporizadores internos nos dispositivos, configurados para detonar ao mesmo tempo. A sincronização poderia ter sido feita durante a programação dos pagers, garantindo que todos explodissem simultaneamente.
Esses métodos demonstram um alto nível de sofisticação e planejamento logístico, algo que o serviço de inteligência de Israel tem de sobra.
O Mossad é a agência de inteligência de Israel, responsável por operações de espionagem, contra-terrorismo, e coleta de informações estratégicas fora do país. Fundado em 1949, o Mossad se destaca por realizar operações secretas de alto nível, muitas vezes consideradas sofisticadas e com alto grau de risco. Ele atua em diversas áreas, como sabotagem, assassinatos direcionados e obtenção de informações cruciais para a segurança de Israel. O Mossad é frequentemente elogiado pela eficácia de suas operações e criticado pela sua agressividade em cenários geopolíticos complexos.
Fontes: NY Times, The Times, Al Jazeera.
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