Um dos principais desafios para a popularização de veículos elétricos é a atual estagnação na evolução da eficiência da bateria, considerando o tempo de recarga e a capacidade de energia. Sob essas condições, as empresas estão tentando adaptar novas técnicas de armazenamento de energia e a Enevate, uma empresa da Califórnia, pode ter encontrado uma boa alternativa.
Os ânodos de grafite fazem parte da composição das baterias de íon-lítio há anos. Sendo considerada a opção mais eficiente até o momento, cientistas e pesquisadores procuram substituí-lo por um material com maior capacidade, com vida útil prolongada e mais eficiente.
A solução desenvolvida pela Enevate consiste em uma malha extremamente fina feita principalmente de silício – que provou ser consideravelmente superior em autonomia e tempo de recarga. Esse filme poroso de substâncias compostas resulta em um aumento de 30% na autonomia dos veículos elétricos e na redução significativa do tempo necessário para a recarga.
Em resumo, a capacidade das baterias se reduz à quantidade de íons que o ânodo é capaz de reter – quanto mais, melhor. Aproveitando esse conceito, o silício é uma opção atraente, pois é capaz de reter 10 vezes mais energia que o grafite. No entanto, descargas elétricas no material causam expansões e contrações drásticas e podem resultar em acidentes graves – além de reduzir significativamente a durabilidade dessas baterias.
O que os fabricantes de veículos adotam é a adição de silício ao pó de grafite, minimizando as chances de acidentes e adicionando parte da eficiência do silício às baterias de grafite.
A Enevate revelou seu filme de silicone poroso que cobre diretamente uma folha de cobre. Sem exigir silício de alta qualidade, os ânodos cobertos pela malha são mais baratos que os de grafite e têm capacidades semelhantes. O design meticuloso do fabricante californiano permite até recarregar 75% da capacidade total em apenas 5 minutos – sem causar uma expansão significativa.
Em combinação com a eficiência, o método de produção desses filmes de silício é rápido e já é capaz de produzir em grandes quantidades, de acordo com Benjamin Park, CTO da Enevate. Além disso, Park diz que a empresa já está trabalhando com vários fabricantes de veículos elétricos e pretende apresentar o produto comercialmente até 2025.
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