Alunos e professores do Inatel, em Santa Rita do Sapucaí, criaram equipamento que funciona com sistema eletrônico de custo reduzido.
Um sistema de ventilação mecânica criado por professores e alunos do Instituto Nacional de Telecomunicações, o Inatel, de Minas Gerais, vai chegar ao mercado em breve. O objetivo é produzir 50 unidades do equipamento em 90 dias. Depois, a produção pode passar para até 100 unidades diárias do ventilador.
O protótipo do ventilador foi desenvolvido em 03 semanas com componentes nacionais. A parceria para a produção une o Inatel e a Ventrix, que fabrica equipamentos eletromédicos.
O projeto desenvolvido pelo Inatel foi apresentado aos Ministérios de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Economia e Saúde. O diretor do Inatel, professor Carlos Nazareth Motta Marins, afirma: “Desde o início da pandemia, colocamos à disposição do governo federal nossa competência e especialização como Instituição de Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento de soluções necessárias para esse momento, contribuindo com a nossa sociedade”.
O ministro do MCTIC, Marcos Pontes, tem ressaltado a importância da ciência, tecnologia e inovação no combate à Covid-19. “A ciência é a única arma que temos que pode atacar diretamente a causa do problema, que é o vírus”, diz Pontes.
Segundo o setor de pesquisa, o diferencial do aparelho é a substituição de componentes importados pela tecnologia brasileira, o que impacta no custo final, que será de R$ 34 mil. Segundo o Inatel, o preço de respiradores em média é de R$ 60 mil.
“A gente redesenhou algumas partes desse sistema, como válvulas de controle, sensores, de forma que se a indústria quando fosse produzir essa tecnologia, tivesse dificuldade de comprar os componentes tradicionais, ela teria a engenharia pra poder desenvolvê-los”, explicou o coordenador da pesquisa do Inatel, Filipe Bueno Vilela.
O protótipo é composto por um painel que controla a pressão e a troca de gases, o que garante o oxigênio ao paciente com insuficiência respiratória.
Respirador foi desenvolvido no Inatel em Santa Rita do Sapucaí (MG) — Foto: Reprodução/EPTV
Além do setor de engenharia, o projeto teve colaboração de profissionais de saúde. Com isso, o aparelho segue parâmetros e normas exigidas no setor.
“A gente fez um trabalho intenso com os alunos e foi gratificante ter esse resultado tanto pra gente poder dar uma contribuição da universidade de da engenharia pra sociedade, como pra formação dos alunos. A gente desenvolveu um recurso que pode chegar aos hospitais para atender essa demanda”.
Ainda segundo o aluno, o trabalho continua com testes e otimização do software.
FONTE/AUTOR: INATEL, G1 e Olhar Digital
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